No início do ano, apesar de ninguém esperar que houvesse uma recuperação da economia, existiam entre as lideranças e donos de empresa expectativas mais otimistas. No entanto, em vez dos 3,5% do PIB projetado pela maioria, o Produto Interno Bruto avançou apenas 2,4%. As taxas de desemprego também assumiram um número preocupante, atingindo 16% ao final de 2021.
Mais do que nunca, preparar lideranças para um cenário em que há expectativas de recessão da economia se torna essencial para que elas tenham propriedade nas tomadas de decisão, bem como possam orientar de forma mais positiva seus liderados e lideradas.
Gestão da mudança organizacional é um desafio dentro das empresas. No entanto, 2020 e 2021 foram anos em que as lideranças precisaram superar essa questão, justamente por tantas modificações impostas para as empresas de distintos segmentos.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Deloitte, cerca de 86% dos executivos apontam que Liderança é a mais alta prioridade dentro das empresas. Apesar dessa importância, de acordo com um outro levantamento feito pela HSM, 71% dos executivos brasileiros consideram que suas empresas não contam com boas lideranças.
Hoje, mais do que somente uma questão meramente econômica, cuidar de quem é o ativo mais importante da empresa é uma questão de sobrevivência. A experiência organizacional ocasionada com a pandemia da Covid-19 trouxe redefinições de conceitos e quebra de paradigmas. Entre elas está a reavaliação de prioridades das pessoas nas organizações. Sai de cena o “trabalhador”, executor, e entra o “colaborador” corresponsável direto por atingir as metas das empresas.
Então, o que vem a seguir? Numa época em que a incerteza é a nova certeza, quais são os nossos imperativos de crescimento até 2022?
O ano de 2021 trouxe à tona a necessidade de incluir a saúde emocional na pauta dos cuidados básicos da gestão de ativos humanos, nas empresas. Nunca se falou tanto sobre o assunto quanto em 2021 e, este tema, será de novo predominante no próximo ano.
Portanto, cuidar do ativo emocional, ou mental, das pessoas nas organizações é um indicativo que deve estar presente nas estratégias para 2022.Não mais como paliativo e sim como prevenção. Esta alteração de prioridade demanda reavaliações em investimentos importantes para realmente conseguir reter talentos nas empresas. Criar ambientes saudáveis, cadeia de gestão presente e com escuta ativa, valorização profissional e reconhecimento positivo, são alguns caminhos a serem seguidos pelas empresas.
Não importa se a empresa mantém o trabalho remoto, híbrido ou totalmente presencial, os líderes precisam nutrir um senso de trabalho em equipe e cultura organizacional em meio a tantas transformações.
A professora Laura Morgan Roberts, especialista em potencial humano, diversidade e desenvolvimento de liderança, observa que uma liderança engajada é o que toda organização precisa, seja ela remota ou face a face.
Mesmo depois de uma crise, haverá um novo normal, e os líderes precisam mapear velhos valores, comportamentos e normas – até mesmo e especialmente os não ditos – e contrastá-los com o que esse novo normal poderia ser. À medida que as empresas competem e crescem, as bem-sucedidas enfatizam uma cultura com formas inclusivas e autênticas de desenvolver e reter talentos.
No médio prazo, o cenário que surge com o isolamento ocasionado pelo teletrabalho, as muitas horas diante do computador, as ausências de partilhas presenciais trarão consequências emocionais relevantes e que merecem total foco dos gestores. Trabalhar em casa não é licença para o excesso de horas diante do ecrã. O desafio é como estabelecer processos de gestão, de tal modo que mantenha o colaborador confortável com o seu bem estar – físico e emocional – garantido.
Até que ponto os profissionais compartilham do mesmo sentimento de pertencimento e conexão em prol de um objetivo comum? De acordo com a pesquisa, profissionais com forte coesão têm uma capacidade de mudança 1,8 vezes maior do que aqueles com baixa coesão. Nesse sentido, o papel da liderança é observar de forma constante como seus liderados e lideradas estão se sentindo nas mais distintas esferas.
Desenvolver novas lideranças é um dos desafios para grande parte das empresas. De acordo com um levantamento feito pela Gartner, grande parte dos gestores de RH contam com dificuldades para essa atividade, seja de nível sênior, seja de nível médio. De acordo com um levantamento divulgado, apenas 50% das organizações consideram que estão bem equipadas para que novos colaboradores possam assumir cargos mais altos.
Como isso pode ser superado? Em um outro estudo da Gartner, 81% dos RHs entrevistados declararam que a falta de preparo pode ser associada como uma das razões principais para que candidatos com alto potencial não alcançarem posições de liderança.
Por essa razão, além de buscar por contínuos projetos de treinamento e desenvolvimento, é preciso contar com uma gestão de mudança organizacional eficaz, trazendo as possibilidades de prever demandas e investir no capital humano de seu negócio.
O certo é que o mundo corporativo mudou e se organiza para atender às novas demandas surgidas nestes dois últimos anos. Adequar estas estratégias ao novo modelo de gestão será um sinal de maturidade e, também, de sobrevivência de muitos negócios.
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Com informações de: Época Negócios, Umentor, Administradores.com e Qulture.rocks