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Estresse e Síndrome de Burnout: Qual é a diferença?

O Estresse e a Síndrome de Burnout afeta milhares de pessoas no mundo inteiro. Precisamos saber mais a respeito para podermos atuar preventivamente.

O Estresse

estresse é uma resposta natural do organismo e todos passamos por ele, em várias situações do dia a dia.

Porém quando somos submetidos a condições de esforço demasiado,  a situações que nos submete a pressões e que demandam mais do que conseguimos realizar, seja por questões emocionais, psicológicas ou físicas, entramos no quadro chamado de estresse.

As principais causas são: conflitos no ambiente familiar, dificuldades financeiras, problemas de saúde na família, dificuldades no trabalho ou a falta dele, relacionamentos tóxicos, divórcio, excesso de responsabilidades.

Não é uma doença. Segundo a medicina, ele é uma reação fisiológica desgastante de adaptação do organismo.

Apesar de natural à vida humana, a nossa tolerância deve ser trabalhada constantemente para não ocasionar outros problemas, tal como a síndrome de burnout.

Veja os principais sintomas:

  • Dificuldade de concentração;
  • Problemas de memória;
  • Dor de cabeça constante e/ou enxaqueca;
  • Dores musculares;
  • Desconforto e problemas intestinais;
  • Náusea e/ou tontura;
  • Batimento cardíaco acelerado e/ou dores no peito.

Os tipos de Estresse

Estresse agudo

As situações que desencadeiam um estresse agudo podem variar de pessoa para pessoa. Há quem já sinta os sintomas diante de um simples atraso para chegar no trabalho, enquanto outras pessoas só chegam a este ponto quando passam por um assalto, por exemplo.

Segundo a Associação Americana de Psicologia, os principais sintomas são:

  • Dor de cabeça tensional
  • dor nas costas
  • dor na mandíbula
  • dores musculares em geral
  • azia
  • flatulência
  • diarreia
  • palpitações cardíacas
  • aumento de pressão
  • mãos suando.

Por ser decorrente de estímulos pontuais, os sintomas costumam irem se atenuando quando o episódio estressante se afasta.

Estresse agudo episódico

A Associação Americana de Psicologia ainda define o estresse agudo episódico, que é quando esses estímulos que causam as reações agudas se repetem com frequência.

Neste caso, os mesmos sintomas do estresse agudo persistem e voltam.

Estresse crônico

Quando uma pessoa se mantém continuamente estressada, e isso faz parte da rotina, o estresse pode estar se tornando crônico. Neste caso, as reações do corpo e os sintomas não vão embora, afetando diversas áreas da vida. O estresse crônico é um fator de risco para ansiedade e depressão

De acordo com o psiquiatra Mário Louzã, o estresse crônico é prejudicial ao corpo principalmente porque alguns hormônios, particularmente o cortisol, começam a entrar em ação. “Se o cortisol fica muito elevado durante dias, semanas, começa a gerar problema para o organismo, que não foi feito pra ter esse hormônio em sobrecarga”, explica ele.

Sintomas:

  • fadiga
  • desgaste
  • mal estar
  • cansaço
  • esgotamento
  • aumento da vigilância
  • dificuldade em relaxar e descansar
  • desânimo
  • tristeza
  • sensação de fracasso
  • dificuldade de sentir prazer
  • alteração do sono.

Mário ainda alerta para a possibilidade de que o estresse crônico se transforme na Síndrome de Burnout, doença principalmente relacionada ao trabalho.

Transtorno do estresse pós-traumático

Quando o episódio que desencadeou o estresse agudo representou ameaça à sua vida ou à vida de terceiros, é possível que a pessoa desenvolva o transtorno do estresse pós-traumático (TEPT). Ele pode ser definido como um distúrbio de ansiedade caracterizado por um conjunto de sinais e sintomas físicos, psíquicos e emocionais.

Esse quadro ocorre devido à pessoa ter sido vítima ou testemunha de atos violentos ou de situações traumáticas.. Quando ele se recorda do fato, revive o episódio como se estivesse ocorrendo naquele momento e com a mesma sensação de dor e sofrimento vivido na primeira vez. Essa recordação, conhecida como revivescência, desencadeia alterações neurofisiológicas e mentais.

Síndrome de Burnout. A palavra “burnout é de origem inglesa e significa exaustão, queima, esgotamento. Estas são as sensações descritas pelas pessoas que passam por esta condição, cada vez mais frequente no Brasil, e que muitas vezes é confundida com os sintomas de estresse.

A Síndrome de Burnout

O Burnout ou síndrome de burnout, apesar de não considerada propriamente como uma “doença”, é uma consequência do estresse ocupacional crônico. Em outras palavras, Burnout é considerado um transtorno de exaustão causado pelo ambiente de trabalho.

A síndrome do burnout pode se manifestar de diferentes maneiras em cada pessoa. “O cansaço crônico é bem característico, assim como a evitação das interações sociais, que acabam levando ao isolamento social. Muitas pessoas também apresentam alterações no sono, no apetite, dores, queda da libido, baixa imunidade, etc. São condições muito parecidas com aquelas ligadas ao estresse crônico e à depressão. Pode também ocorrer uma grande variação do humor. Irritação, agressividade e impaciência são constantes. Outros sinais que indicam um esgotamento mental e emocional é o abuso de substâncias, como álcool, cigarro ou até mesmo drogas

burnout está diretamente ligado à queda da produtividade no trabalho, assim como a faltas contínuas. “A falta de energia e o esgotamento mental tiram a motivação para desempenhar as atividades. Isso leva a sentimentos de inferioridade, afetando a autoestima e fazendo com que essas pessoas se sintam menos competentes.

Segundo a Revista Brasileira de Medicina do Trabalho, “atualmente, Burnout é definida por uma combinação de três fatores: exaustão emocional (depleção da energia emocional pela demanda excessiva de trabalho), despersonalização (senso de distância emocional das pessoas pacientes ou do trabalho) e baixa realização pessoal (sensação de baixa autoestima e baixa eficácia no trabalho), em outras palavras, Burnout é a resposta prolongada ao estresse crônico no trabalho”.

O  sintoma típico da síndrome de Burnout é a sensação de esgotamento mental, físico e também de esgotamento emocional que refletem diretamente no trabalho e também na vida pessoal, como:

  • Sentimentos de exaustão ou esgotamento de energia;
  • Aumento do distanciamento mental do próprio trabalho, ou sentimentos de negativismo ou cinismo relacionados ao próprio trabalho;
  • Redução da eficácia profissional.

Embora ela ainda não seja classificada como “patologia”, especialistas estão discutindo soluções para prevenir essa condição que tem gerado tanto sofrimento em tantas pessoas.

Agora que você já está mais informado sobre o Estresse e a Síndrome de Burnout, planeje a sua vida para não ser afetado por nenhum desses dois transtornos.

Caso um desses dois transtornos já estiverem instalados, muitas vezes você precisará de ajuda profissional. Não hesite em procurá-la. A psicoterapia tem se mostrado muito eficiente no tratamento de ambos os transtornos. Veja onde procurar a psicoterapia.

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